segunda-feira, 26 de maio de 2014

Cearensês e a notícia devem se misturar?

     Não é recomendado que textos de cunho jornalístico use gírias ou qualquer palavra que tenha o significado desconhecido da maioria dos interlocutores. A linguagem que é geralmente utilizada nesse tipo de texto é a padrão formal, já que emissor e receptor não possuem familiaridade, precisando assim de termos que sejam comuns aos dois para facilitar o entendimento da mensagem. Mas quando se pode misturar a linguagem local com tais textos? O que essa interação proporciona?

     O cearensês, conjunto de termos, gírias e expressões locais, é pouco usado nas matérias jornalísticas por causa do motivo citado a cima, mas quando usado, atrai mais a atenção do público leitor. Isso se deve a identificação gerada entre palavras muito utilizadas no dia-a-dia e a notícia.

      Essa identificação é muito mais aproveitada na área publicitária, já que é um meio em que essa interação é permitida sem muitas restrições. Exemplos disso são o Suricate Seboso e o filme Cine Holliúdy. O primeiro, uma página que se encontra em uma rede social, fez sucesso por usar imagens de um suricate aliadas a expressões cearenses, fazendo humor e criando um vínculo com o público do estado. Sua popularidade chamou atenção das marcas que viram nela uma oportunidade de aumentar suas vendas associando seu nome à página. Podemos ver isso num anúncio de uma marca de óculos esportivos e armações para óculos de grau:



      O segundo, um filme produzido e dirigido por cearenses, uso e abusou de termos e expressões do cearensês nas suas falas, sendo necessária a colocação de legendas para que o público de fora do estado possa entender o que se conversa entre os personagens. Esse longa teve uma grande repercussão tanto dentro quanto fora do estado, alcançando uma das maiores bilheterias do Ceará no ano de 2013.

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